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Aulas práticas de Fisioterapia estimulam a confecção de dispositivos ortopédicos de baixo custo


Acadêmicos do 7º semestre matutino e noturno do curso de Fisioterapia do Iespes estão confeccionando dispositivos ortopédicos para serem entregues a população gratuitamente. Durante a semana passada, foi realizada a apresentação de alguns resultados. Na quarta-feira, 28 de março, foi feita a entrega dos primeiros produtos para pacientes da Unidade de Referência de Especialidades em Saúde (Ures), que estão sendo atendidos pelos alunos.

A iniciativa faz parte da disciplina Tecnologia Assistiva, ministrada pela professora Tamyres Porteglio, e envolve produtos ortopédicos não relacionados a procedimento cirúrgico. Após as aulas práticas, os acadêmicos, divididos em equipes, utilizaram suas criatividades para desenvolverem os dispositivos com diferentes materiais, como pvc, tecido, garrafa pet, elástico e gesso.

As acadêmicas Patrícia Ferrarini e Silvia Frare, do 7º semestre matutino, desenvolveram uma órtese funcional para joanete, com cano de PVC, EVA, feltro e velcro, e já entregaram o material. Segundo elas, no primeiro dia de uso do equipamento, a paciente, que sofria de um calo ósseo, obteve melhora.

Silvia Frare relatou que escutava reclamações de dores da sua conhecida e sempre quis ajudar. A disciplina abriu essa oportunidade. “Decidimos fazer uma órtese especialmente para ela, que sempre relatava muito incômodo e dor. É muito gratificante ver o resultado rapidamente. Ela já sentiu um conforto em seu pé, já sentiu que melhorou. Não imaginávamos que ia ser tão válido”.

Elas afirmam que outras pessoas, ao ficarem sabendo da melhora da paciente, procuraram para pedir o aparelho e dicas de como diminuir as dores. “Como outras pessoas perceberam que tinham a mesma patologia, já fizeram pedidos. Ficamos nos sentindo muito bem em poder ajudar quem precisa com tão pouco. Foi muito gratificante ajudar e ver os outros nos procurando para pedir ajuda”, ressaltou Patrícia Ferrarini.

Além de poder ajudar, a acadêmica também destacou o fato de que os alunos aprendem sempre mais, pois precisam pesquisar as necessidades de cada paciente. “Cada caso clínico é diferente. Pode até ser a mesma patologia, mas cada pessoa apresenta sintomas diferentes. Temos que nos adequar”, explica.

A professora Tamyres Porteglio frisou que o intuito é implantar uma oficina ortopédica, para que os alunos confeccionem dispositivos de baixo custo para a população, com a mesma qualidade dos disponíveis no mercado.

“A intenção da oficina é disponibilizar o material de insumo e os instrumentos para que eles próprios confeccionem suas órteses de acordo com a demanda de pacientes [...] É um projeto que pretendo incluir no Iespes, para que eles montem os dispositivos para a população e, ao mesmo tempo, realizem estágio”, explicou Tamyres.

Ela ressaltou que algumas pessoas necessitam de um tratamento fisioterapêutico ou do uso do dispositivo. Por meio da oficina, é possível fornecer equipamentos a cada vez mais pessoas.

Além disso, ela frisou que a ação busca “desenvolver nos alunos habilidades práticas para a vivência clínica da reabilitação”.

A confecção e entrega de equipamentos continuam sendo realizadas, conforme a demanda de pacientes, sendo adequadas de acordo com os sintomas e necessidades de cada um.

As atividades foram desenvolvidas em grupos com seis alunos, de segunda a sexta-feira. Uma etapa da atividade foi que os alunos aprendessem a trabalhar especificamente com gesso, no ambulatório da Fundação Esperança.

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