Acadêmicos de Farmácia finalizam estágio com café da manhã para idosos
Acadêmicos e professores do curso de Farmácia do Iespes promoveram, ontem, 29, um café da manhã saudável para o grupo de idosos hipertensos e diabéticos que são atendidos no LabIespes, pelo Projeto Esperança na Comunidade. A ação foi referente ao Projeto Interdisciplinar (PI) e finalização do estágio em Atenção Farmacêutica, da turma do 7º semestre.
O estágio integrou as disciplinas Atenção Farmacêutica, Estágio Supervisionado, Bioquímica Clínica e Nutrição. A coordenadora do curso de Farmácia, Ana Camila Sena, explicou que os alunos compartilharam informações observadas no estágio com os professores, em sala de aula, e fizeram a conexão entre os conteúdos. “Isto ajudou na construção do caso clínico e no acompanhamento farmacoterapêutico do paciente, para observar os resultados, ajustes nos medicamentos, a questão da alimentação e no repasse das orientações semanais”, frisou.
As acadêmicas Andrya Silva e Patrícia Campos relataram que as intervenções foram além do acompanhamento medicamentoso e da alimentação e avaliaram questões emocionais nos idosos, que poderiam interferir na saúde. “Nós conversávamos muito, incentivando alguns a procurarem um psicólogo. Alguns colegas conseguiram consultas grátis com psicólogo, médico e realização de exames. Contribuímos além do que imaginávamos”, contou Patrícia.
Inicialmente, foi feita a farmacoterapia de cada idoso, que é o tratamento do paciente com medicamento. Andrya Silva explicou que foi pesquisado como eles poderiam proceder. “Vimos o que nós podíamos fazer, saber a interação entre os medicamentos, quais as doenças o paciente tinha e o método que utilizamos”.
No decorrer do acompanhamento, o laço criado entre eles é inevitável. “Além de intervir na farmacoterapia, meio que entramos na família deles, sabendo de seus problemas e apoiamos cada paciente. Acabamos criando uma amizade e evoluindo mais que esperávamos”, acrescentou a acadêmica Patrícia Campos.
A dupla de alunas entregou uma lembrança para a paciente atendida durante o estágio, Benedita Prado Portela, 62 anos. A idosa comentou sobre a importância dos atendimentos e orientações para sua saúde, sobretudo o apoio dos alunos após o falecimento do marido. “Às vezes eu não tinha nem vontade de vir, mas quando chego aqui, me sinto tão bem, ainda mais nesse momento difícil que estou passando, os alunos me dão muita força”.
Maria das Graças, 75 anos, também comentou sobre como se sente bem com as ações. “É muito bom, porque não vemos sempre eventos como esses e quando a gente participa, a gente gosta, se dá bem. É importante porque, com as ações, a gente acaba cuidando mais da nossa saúde”, relatou.
Ana Camila destaca que o ponto mais importante é realmente esse da humanização ensinada para os alunos. Ela explica que a aproximação deles com os pacientes facilita a obtenção de informações verdadeiras. “Com a aproximação entre eles, as informações do paciente são mais fidedignas e é possível fazer, realmente, a atenção farmacêutica. Mostramos para o aluno a importância da empatia”. Além disso, ressaltou que os acadêmicos aprendem a lidar melhor com seus problemas, para não sobrecarregarem os pacientes, a ter mais paciência e se aproximam do que realmente é a profissão farmacêutica.
Na última ação, estiveram presentes professores do curso e membros da Liga Acadêmica de Farmácia do Oeste do Pará (Lafopa), que continuam com os atendimentos semanalmente no espaço.