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Mesa redonda sobre Pesquisa e sustentabilidade abre XVI Jornada Científica no Iespes


A primeira atividade de discussão da XVI Jornada de Iniciação e Pesquisa Científica e Tecnológica do Iespes foi a mesa redonda sobre “A função social da pesquisa e o desafio da sustentabilidade”.

Nesta primeira noite da Jornada, na quarta-feira, 8, com o auditório e área externa bastante movimentados, conhecimentos importantes sobre o universo da pesquisa foram repassados pelos integrantes da mesa: professores Daniel Rocha de Oliveira, do Centro Universitário Luterano de Santarém; Katiane Mendes Nunes, da Universidade Federal do Oeste do Pará; e Gabriel Geller, da Fundação Esperança.

Durante a abertura, antes da mesa redonda, houve o momento das falas iniciais com a presença do diretor do Iespes, Albino Portela, a presidente da Fundação Esperança, Vânia Maia, e a coordenadora do evento, Ana Camila Sena. Eles destacam que o evento científico é um marco importante na celebração dos 18 anos do Iespes, no próximo dia 11 de maio, por reforçar a missão da instituição na formação integral de seus alunos.

Posteriormente, os convidados da mesa redonda ressaltaram a importância de alunos e profissionais buscarem produzir conhecimentos que são necessários à sociedade. Para isto, sugeriram que as informações devem ser organizadas e trabalhadas de forma científica. Pontuaram aspectos essenciais para a pesquisa de modo sustentável.

Gabriel Geller explicou sobre os tipos de pesquisa, diferenciando a pesquisa básica da pesquisa aplicada. A primeira leva a desenvolvimentos teóricos, cujo resultado nem sempre é claro. A segunda é direcionada à solução do problema, vislumbrando-se a utilidade do resultado. O professor abordou os três elementos essenciais para a formação do cidadão e do profissional que passa pela educação superior: o ensino, a pesquisa e extensão. Ele deu enfoque para a iniciação da pesquisa.

“Do ponto de vista da pesquisa, a complementariedade está no fato de que o aluno é colocado como destinatário do produto da ciência, diante do objeto do conhecimento construído. Ele vai aprender algo que alguém produziu ao longo dos anos, absorver o conhecimento, analisar e praticar. A pesquisa coloca o aluno em contato com o processo de produção do conhecimento”, ressaltou.

Katiane Nunes frisou a importância da produção em alta escala, devido à demanda do mercado, e de as pessoas desenvolverem pesquisas pensando na inovação tecnológica. “Um país só consegue manter o equilíbrio se conseguir desenvolver a inovação muito bem, e isso reflete na educação, saúde, bem estar, qualidade de vida. Acho que podemos ter empresas mais inovadoras, genuínas”. Também frisou a importância de os pesquisadores protegerem suas pesquisas/produtos com patentes, a fim de se apropriarem de rendimentos e poderem exportar.

“Temos que exportar nossos produtos tecnológicos, inovadores. E fazemos isso protegendo eles, tendo o direito de usufruir disso por um certo tempo, e fazendo a roda girar”, pontuou. “Sejam desbravadores, sejam empreendedores e boa sorte na caminhada de todos”, concluiu.

O professor Daniel Rocha ressaltou que é preciso se distanciar um pouco da realidade para conseguir visualizar possíveis soluções para as problemáticas, mesmo que não se possa chegar à verdade absoluta, e disse que é necessária consciência para contribuir para uma sociedade mais justa e mais equilibrada. “O membro de uma sociedade se insere nela quando consegue se ver adequadamente dentro da mesma. Uma das nossas práticas de pesquisa deve ser oportunizar e garantir esse sentimento a cada uma das pessoas”, ressaltou.

Rocha lembrou que a prática equivocada no meio ambiente pode trazer consequências graves para todos. Ele destacou a importância de encarar as adversidades e correr atrás de soluções, por meio da pesquisa, pensando na sustentabilidade. “Se não formos adequando nosso meio de vida ao nosso planeta não vamos conseguir ficar aqui por muito tempo. [...] Precisamos garantir que tenhamos uma consciência tranquila de que fizemos nossa parte e contribuímos para um bem maior, que é constituir conhecimento”, finalizou.

Nesta quinta, 9, ocorrem no Iespes uma série de atividades, incluindo minicursos, rodas de conversa, seminários, apresentações culturais e mesas redondas.

Na sexta, 10, haverá apresentação dos trabalhos científicos que foram aprovados na Jornada. Os melhores serão premiados. Todos os trabalhos aprovados serão divulgados no Livro de Resumos, posteriormente. Foram mais de mil inscritos no evento.

No último dia da Jornada, também haverá atividades alusivas as 18 anos do Iespes.

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